Compromisso vs. passatempo
Semana passada vieram jantar na minha casa quatro colegas do meu departamento. Coincidência ou não, as quatro são chinesas, casadas, e os maridos (e filhos) continuam morando na China.
O que me fez pensar: às vezes eu reclamo das dificuldades de ralando com um doutorado sozinha, a oito mil quilômetros do resto da minha família, que essa vida dupla não vale a pena, para que que eu estou fazendo isso etc, etc. Mas para essas colegas, a vida dupla é muito mais acentuada, os vínculos familiares mais fortes, a viagem mais longa, barreiras lingüísticas e culturais muito mais pronunciadas.
E pode ser só impressão minha, mas elas parecem levar não só o doutorado com mais seriedade, mas todo o processo, com muito mais serenidade. É sacríficio? Com certeza, mas para elas é um sacrifício cuidadosamente escolhido. Elas têm um objetivo que faz todo essa estudação fazer sentido e ter um valor que vai além de estudar por estudar.
E eu, tenho algum objetivo? Não sei. Às vezes eu acho que tudo isso é que nem um grande joguinho de computador que eu comecei por achar divertido, mas que agora ficou difícil. E minha vaidade intelectual não me deixa largar por eu estar tão perto de zerar (quão perto, não sei). E não sei você, mas para mim isso não parece um motivo merecedor de doutorado.
Vai ver que descobrir um motivo mais valioso é justamente a chave que eu preciso para passar de fase.
O que me fez pensar: às vezes eu reclamo das dificuldades de ralando com um doutorado sozinha, a oito mil quilômetros do resto da minha família, que essa vida dupla não vale a pena, para que que eu estou fazendo isso etc, etc. Mas para essas colegas, a vida dupla é muito mais acentuada, os vínculos familiares mais fortes, a viagem mais longa, barreiras lingüísticas e culturais muito mais pronunciadas.
E pode ser só impressão minha, mas elas parecem levar não só o doutorado com mais seriedade, mas todo o processo, com muito mais serenidade. É sacríficio? Com certeza, mas para elas é um sacrifício cuidadosamente escolhido. Elas têm um objetivo que faz todo essa estudação fazer sentido e ter um valor que vai além de estudar por estudar.
E eu, tenho algum objetivo? Não sei. Às vezes eu acho que tudo isso é que nem um grande joguinho de computador que eu comecei por achar divertido, mas que agora ficou difícil. E minha vaidade intelectual não me deixa largar por eu estar tão perto de zerar (quão perto, não sei). E não sei você, mas para mim isso não parece um motivo merecedor de doutorado.
Vai ver que descobrir um motivo mais valioso é justamente a chave que eu preciso para passar de fase.
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